quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Alma e o Sh'má

Quem somos e por que existimos? D'us nos criou para Sua glória. Fomos criados pelas mãos de D'us e existimos para o Seu louvor; contudo Ele nos dotou de livre arbítrio para que pudéssemos louvá-lo expontaneamente, de todo o nosso coração.          

O ser humano é livre para escolher como viverá; e quando ele escolhe servir a D'us e andar em sintonia com a Sua vontade, vive a vida com qualidade elevada e com isso faz bem a sua própria essência, isto é, a sua alma.


Entendamos melhor esta questão:

Segundo alguns estudiosos, a alma é sibdividida em cinco partes:

1) Yechida - É a vontade de D'us em criar o ser.

2) Chaya - É o "ar" antes de ser soprado por D'us.

Estas duas partes acima citadas, não estão internalizadas no ser humano, mas o cercam, emitem "luzes" de inspiração a cada pessoa.

3) Nefesh - É o sopro de D'us.

4) Ruach - Anima o corpo humano (espírito).

O Ruach está ligado ao coração (sentimentos. A fala reforça as emoções, por isso ela é a expressão do Ruach. O Ruach é decisivo da personalidade).

5) Neshamah - É a totalidade da alma.

A Neshamah está ligada à mente humana (entendimento puro, moral, lógica, razão).

Vejamos como tudo isto se conecta:

O pensamento puro internalizado na mente ( Neshamah) é interligado pelo Ruach (coração) que se movimenta constantemente fazendo a conexão com a Neshamah e com a Nefesh (membros). Assim o Ruach (coração) internaliza sentimentos elevados e a Nefesh (membros) gera atitudes em sintonia com este processo conectivo.

Neste sentido, analisemos a importância e profundidade do Sh'má:

D'us diz:

"Escuta Israel! (os ouvidos estão ligados à cabeça, mente - Neshamah) o Eterno é nosso D'us, o Eterno é Um! E amarás ao Eterno, teu D'us, com todo o teu coração (Ruach), com toda a tua alma (Nefesh) e com todas as tuas posses (Neshamah - totalidade). E estarão estas palavras que eu te ordeno hoje, no teu coração (Ruach), e as inculcarás a teus filhos, e delas falarás (expressão do Ruach) sentado em tua casa e andando pelo teu caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. E as atarás como sinal na tua mão (Nefesh - para praticar, ação) e serão por tefilin entre os teus olhos (Neshamah - cabeça, mente, pensamentos) e as escreverás nas mezuzot de tua casa e nas tuas portas (marcar sua casa, sua família - passar de geração em geração)." Devarim 6.4-9


Através do Sh'má podemos refletir sobre a importância dos ensinamentos de D'us para nós e para nossa família. D'us nos deu as mitsvot para nos elevarmos espiritualmente e moralmente para o nosso próprio bem. Demonstramos nosso amor a D'us observando, com prazer, suas mitsvot, as quais são a alegria do nosso coração!                                                   




"Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei. Guia-me pela vereda dos teus mandamentos pois nela me comprazo. (...) Não tires da minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre. E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos. Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei. Terie prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo.Para os teus mandamentos, que amo, levanterai as mãos e meditarei nos teus decretos. (...)Baixem sobre mim as tuas misericórdias, para que eu viva; pois na tua lei está o meu prazer. (...)Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! (...) Admiráveis são os teus testemunhos; por isso, a minha alma os observa., (...) Abro a boca e aspiro, porque anelo os teus mandamentos. (...) Puríssima é a tua palavra; por isso, o teu servo a estima. (...)A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a própria verdade. (...)Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço. Espero, Eterno, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos. A minha alma tem observado os teus testemunhos, eu os amo ardentemente. (...) A minha língua celebre a tua lei, pois todos os teus mandamentos são justiça. (...) Suspiro, Eterno, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer."   Tehilim 119.34-35, 43-48, 77, 97, 129, 131, 140, 142, 165-167, 172, 174



HaShem nos convida constantemente, na Torah, a observar Suas mitsvot, as quais não são pesadas, nem inalcançáveis, pois Ele mesmo diz:

"Porque este mandamento que eu hoje te ordeno, não te é encoberto nem está longe de ti. Não está nos céus para dizeres: Quem sibirá por nós aos céus, que o traga a nós e nos faça ouvi-lo, para que o observemos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que o traga a nós e nos faça ouvi-lo, para que o observemos? Pois a coisa está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para que a observes." Devarim 30.11-14

Para o nosso próprio bem:

" E agora, ó Israel, qual é a coisa que pede o Eterno, teu D'us, de ti? Senão que temas ao Eterno, teu D'us, que andes em todos os Seus caminhos, ames e sirvas o Eterno, teu D'us, com todo o teu coração e com toda a tua alma; que guardes os mandamentos do Eterno e os Seus estatutos que eu te ordeno hoje, para o teu bem."   Devarim 10.12-13

Yeshua citou o Sh'má reconhecendo-o como o primeiro e maior mandamento - Mattityahu 19.17

E o segundo semelhante a este está em Vayicrah 19. 18, o qual Yeshua também citou - Mattityahu 22..36-38

Toda a Torah e os profetas estão baseados nestas duas mitsvot. Nossa vida também deve estar assim baseada para que tenhamos qualidade de vida!

Baruch HaSHem!

Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tempo de Restauração!

D'us tem restaurado a identidade de Seu  povo pelos quatro cantos da Terra. Povo que teve sua identidade, ocultada por conta da Inquisição, mas o tempo da verdade ser restaurada chegou e como estou feliz por fazer parte desta geração, a geração da Restauração! De certa maneira este Blog está atuante neste Movimento, pois D'us tem levantado pessoas para mover Seu propósito restaurador na Terra.



Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uma ''Nova Inquisição'' ?!

Há uma história que muitos não gostam de comentar, nem sequer de ouvir falar, é a história dos judeus e judias descendentes, cahamados B'nei Anussim, que por termos tido nossa identidade judaica ''ocultada'' pela Inquisição fomos tolidos de vivermos nossa fé e cultura de maneira livre e completa! A questão contudo é que, quando descobrimos nossa origem, tudo começa a fazer sentido, passamos a entender melhor o motivo pelo qual nos identificamos com certos costumes judaicos,  o  amor por Erets Israel, o sentimento de familiaridade e prazer no cumprimento das mitsvot, e principalmente, a fé e amor irrestrito ao D'us de Israel, o Criador!


Contudo, muitos judeus e judias que para sua sorte não descendem de famílias que sofreram os resultados da Inquisição e por conseguinte não tiveram seus nomes mudados, nem foram forçados a vierem uma vida ''assimilada'' pelo catolicismo, mesmo que ''aparentemente'', agem de maneira a negar a judaicidade de seus irmãos judeus, e mais, tentam influenciá-los a não dar importância a esta questão, isto é, a sua história! Seria isso uma ''Nova Inquisição''?! ainda que inconsciente, talvez? não proposital..., porém, manifestada tentando matar os sentimentos de uma alma judaica?! D'us nos livre disso! Que o Eterno de Israel cancele tais atitudes e seus maus propósitos. Neste sentido, uma analogia pode ser feita: Assim como os cristãos quiseram ''anular'' a identidade do povo judeu, mais intensamente, nos séculos XVI - XVII, assim também há judeus querendo ''interromper'' o processo de resgate identitário de seu próprio povo, a saber: os descendentes, chamados B'nei Anussim! Tal ''manifestação'' tem se dado de forma sutil em nossos dias, porém esta manifestação não deterá a restauração da identidade judaica dos B'nei Anussim! E o sentimento das almas judaicas não morrerão, mas viverão! e sua restauração identitária será feita a todos os judeus e judias que assim desejarem e aos que D'us quiser que assim se faça, pois que Ele mesmo é quem está a frente de seu povo neste processo restaurador. Aleluiah!

O D'us de Israel cumprirá o Seu desígnio e restaurará todas as coisas, inclusive a história de Seu povo. Esta busca pela restauração está na alma de cada judeu e judia, por isso somente D'us, o Criador tem domínio sobre tal. Nunca vimos em toda a história tantos judeus e judias descobrindo sua identidade e empenhando-se para restaurá-la, aos trancos e barrancos, com ou sem reconhecimento da comunidade judaica ''oficial'', e ainda tendo que enfrentar críticas por toda a parte.

É curioso como tenho conhecido pessoas, que como eu,  têm descoberto sua identidade judaica, e o modo pelo qual a restauração identitária tem sido feita é praticamente a mesma: Aproximação pela fé ao D'us de Israel, o desejo de cumprir as mitsvot por Ele nos dada em Sua Torah, a identificação cultural, os costumes familiares relacionados, os sobrenomes também relacionados, enfim, um conjunto de fatores que somados colaboram para esta restauração. Há um mover de D'us na Terra sobre o povo judeu neste sentido. Baruch HaShem!

Há quem não dê importância a sua história, mas é tipico dos judeus darem importância a sua genealogia, vide as Sagradas Escrituras com seus registros genealógicos! Qual o significado disso? pode alguém perguntar! Digo pelo menos dois que estão interligados por sentido semelhante: O prazer de sentir-se no aconchego de seu lar, como quando alguém que viveu muito tempo longe de casa e retorna, ou como quando alguém que viveu toda uma vida como estrangeiro e peregrino sobre a terra e enfim descobre o caminho de casa!

Shalom!


Hadassah Chai (Tatiana Calado)                 
         !תודה אדוני! אני אוהבת אותך! ברוך אתה אדוני

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Casamento - Uma Mitsvah!

"Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou e se foi. As flores se mostram na terra, o tempo de cantar chega e a voz da rola se ouve em nossa terra."    Cântico dos cânticos 3.11





Vemos pelas Escrituras Sagradas que viver só, não é, nem nunca foi a forma ideal de se viver. O próprio D'us disse:

"...Não é bom que esteja o homem só; far-lhe-ei uma companheira frente a ele."    Bereshit 2.18

D'us criou a mulher por causa do homem, para ser sua companheira; por isso mesmo o celibato não é visto com bons olhos pelo judaísmo:


"Quem não tem esposa, vive sem alegria e sem bênção."    (Talmud, Zebamot 62)

"O solteiro é considerado meio corpo."    (Zohar)


A união entre um homem e uma mulher é uma mitsvah:

"Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma (só) carne."    Bereshit 2.24

Querer casar está em sintonia com a vontade de D'us!

No princípio não havia ritual de cerimônia como temos hoje para o casamento; mas os líderes religiosos instituíram um cerimonial ritualístico para evitar a possibilidade de promiscuidade, sendo esta cerimônia baseada na Torah e na Tradição.     

O casamento é algo instituído por D'us com a finalidade de abençoar a vida cotidiana do homem e da mulher, pois D'us disse:

"...Não é bom que esteja o homem só..."

Vemos nesta pronunciação que D'us se importa com a felicidade e bem estar do homem e por isto criou a mulher. Sendo assim, ambos se completam para serem felizes sentimentalmente.

O homem é um ser social desde o princípio de sua existência e por isso D'us disse:

"...Frutificai e multiplicai, e enchei a terra..."    Bereshit 1.28

 A procriação é algo determinado por D'us. Vemos nas Escrituras Sagradas muitas mulheres orando para conceberem de seus maridos.

Isaac ora por Rebeca para que esta concebesse um filho seu:

"E orou Isaac ao Eterno, em frente à sua mulher, (que orava também) porque era estéril; e atendeu o Eterno, e concebeu Rebeca, sua mulher."    Bereshit 25.21

A concepção é fruto da união entre o homem e sua mulher.

Quando falamos de casamento, logo nos vem à mente o amor. Sendo assim, o que vem primeiro? O casamento ou o amor? Creio que as duas possibilidades ocorrem, pois cada caso é um caso.

Há uma citação curiosa a este respeito na Torah com base na passagem de Bereshit 24.67:

"67 - e amou-a - O rabino Samson Raphael Hirsch destaca a ordem deste versículo: casamento e depois amor. De acordo com a visão judaica, o casamento não é a culminação do amor entre dois seres humanos e sim o início de um verdadeiro amor. (E)"    (Torah p.65)

Curioso notar que Isaac não "namorou" Rebeca, mas uniu-se (casou-se) com ela tão logo chegou ao seu encontro, e assim também foi consolado da morte de sua mãe.

"E saiu Isaac para passear (rezar) no campo, nas horas da tarde; e levantou seus olhos, e viu, e eis que camelos vinham. E alçou Rebeca seus olhos, e viu Isaac (...)  E tomou o véu e cobriu-se. (...) E a trouxe Isaac à tenda de Sara, sua mãe, e tomou Rebeca, e ela foi para ele esposa, e amou-a, e consolou-se Isaac da morte de sua mãe."    Bereshit 24.63-67

Daí vem a tradição na cultura judaica da mulher cobrir a cabeça e a face com  um véu durante a cerimônia de casamento; também o uso da chupah (tenda) para realizar a cerimônia.  

A mulher, na cultura judaica,  tem um papel importante ao lado de seu marido; baseados na passagem de Bereshit 31.4, 5-13, 14-16, os líderes religiosos disseram:

"Se tua mulher é de curta estatura, curva-te e pede-lhe conselho."    (Baba Metsia 59)

É certo, contudo que a última palavra é a do marido, visto ele ter sido instituído por D'us como líder de sua casa.

No episódio do Éden, Adam ouviu Havah quanto a comer da árvore que D'us havia dito para não comerem. Isto nos aponta para um fato: Havah, neste caso, desprezou a liderança de seu marido e principalmente a ordem de D'us, por outro lado, Adam deu ouvidos à Havah, e desprezou também a ordem de D'us. Conclusão: Quando não se respeita a hierarquia instituída por D'us, tudo dá errado.

Não estou aqui julgando Havah, nem Adam pela suas atitudes quando comeram da árvore que D'us ordenou que não comessem, apenas mencionando e analisando à luz das Escrituras os princípios que D'us estabeleceu.

D'us é o líder supremo e o ser humano deve estar subordinado a Ele para que tudo vá bem.

Na hierarquia temos:

1) D'us

2) Homem

3) Mulher

Atualmente, infelizmente, temos visto muitas sociedades aceitando a inversão dos princípios estabelecidos por D'us e por isto vemos tanta desarmonia na vida humana: Mulheres querendo ser líderes em suas casas e algumas vezes maridos se sujeitando a isto. É lamentável tal procedimento! Porém, ainda há um remanescente fiel às Escrituras Sagradas. Quando se tem famílias seguindo os princípios da Torah e respeitando a hierarquia familiar, vemos os resultados: famílias em harmonia!

Não é o caso de vermos a mulher sendo ignorada, ou humilhada por seu marido, como muitos opositores da Torah insistem em assim fazer. Mas, ao contrário disso, que o marido trate sua esposa com carinho e respeito, compartilhando com ela as situações, ouvindo-a como vimos no caso de Isaac e sua família. Contudo, entendamos que a decisão final nas situações é dada pelo marido.

Se as sociedades entendessem isto e assim procedessem, teríamos um quadro melhor do que o que temos visto atualmente entre as famílias de um modo geral.

Um outro aspecto interessante de ser abordado aqui sobre a união matrimonial pode ser analisada a partir da história de Rute, que estando viúva, ouviu os conselhos de sua sogra e escolheu Boaz para ser seu novo marido, tendo em vista a ordenança do casamento por levirato que diz que quando um homem casado morre sem deixar filhos, seu irmão deve tomar a viúva como sua esposa para que, tendo filhos dela, preserve o nome do falecido.

Sendo assim, neste caso, vemos que o parente mais próximo alegou motivos pelos quais se respaldou em recusar tomar Rute como esposa. Boaz, então, realiza a cerimônia de Chalitsah, que dentre outras coisas, descalçou seu sapato, formalizando, assim, a recusa do parente mais próximo e em seu lugar assumindo o direito de se casar com Rute.

A Torah cita:

"...O exegeta Malbim comenta que foi  por isto Naomi ordenou a Rute descobrir seus´pés num gesto que o lembraria de Chalitsah e, desta forma, da obrigação de desposá-la."   (Torah, pp.660-661)

Rute era uma moabita, porém havia aderido ao judaísmo, seguindo portanto ao D'us de Israel, sendo bem sucedida em sua decisão, Rute foi mãe de Obed e bisavó do rei David - Rute 4.21-22

Quando seguimos as mitsvot que o Eterno nos deu, a consequência é sermos abençoados em tudo o que fazemos. Sendo assim, somos também abençoados na vida matrimonial.

Outro caso interessante é a história de Hadassah (Ester), uma judia vivendo em terra estranha, teve sua vida e a de seu povo mudada através de seu casamento. O rei Achasherósh (Assuero), despede sua esposa Vashti por ter-lhe desprezado. Sendo assim escolhe, dentre muitas mulheres, Hadassah, que se torna rainha e arrisca sua própria vida em favor de seu povo. Ao contrário de Vashti, vemos pelas Escrituras Sagradas que Hadassah reconhecia a hierarquia no casamento, sendo respeitosa no trato com seu marido,  e o rei por outro lado, a tratava com carinho e respeito também.

Os princípios básicos para um casamento feliz estão nas Sagradas Escrituras; seguindo-os, as bênçãos de D'us recaem sobre a união!

"As muitas águas não poderiam apagar o amor nem os rios afogá-lo."    Cântico dos cânticos 8.7





Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

domingo, 24 de julho de 2011

B'nei Anussim

"B'nei Anussim" significa: "Filhos dos forçados", estes foram os descendentes de judeus portugueses e espanhóis que foram forçados a "converterem-se" ao catolicismo. Contudo a maioria continuava servindo ao D'us Criador em secreto, porém quando eram pegos praticando alguma mitsvah (mandamento) das Sagradas Escrituras ou mesmo cantando em louvor ao D'us Eterno, ou cultuando-O de alguma maneira, eram perseguidos, condenados e mortos pela Inquisição.

A profecia está se cumprindo! D'us está restaurando a fé e a identidade de Seu povo, e como é bom fazer parte da geração que está vivendo o tempo da Restauração!

D'us disse que reuniria dos quatro cantos da terra o Seu povo e os levaria de volta a sua terra,  Erets Israel! Neste sentido, vemos que Ele está restaurando, como dito anteriormente, a identidade judaica de inúmeras pessoas que descendem desses judeus perseguidos pela Inquisição, bem como sua fé no D'us Único, o Criador, e no reconhecimento do Mashiach por Ele profetizado, nas Escrituras, e enviado à Terra, a saber - Yeshua!






Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Shavuot !

Estamos comemorando Shavuot!  Foi em Shavuot que o Eterno nos outorgou a Torah! Festa onde se entregava no Templo a primeira colheita da cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas, tâmaras e do trigo. Seus ensinamentos nos trazem elevação espiritual e nos conduzem ao Mashiach Yeshua. Baruch HaShem!






Chag Shavuot!

Shalom!
Hadassah Chai (Tatiana Calado)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Identidade Judaica

No ano 70 de nossa era, com a invasão do exército romano liderado pelo general Tito, o Templo Sagrado  foi destruído e a maior parte do povo judeu foi dispersa pelo mundo afora. Avançando um pouco na história, vemos no século XV, na Espanha, mais precisamente no ano de 1492, que os judeus que ali buscaram refúgio, foram expulsos pelos reis católicos e com a aprovação do então Papa Xisto IV. Como consequência, 120 mil judeus foram para Portugal. Mas este "abrigo" não saiu de graça, pois os judeus tiveram que pagar um alto preço para estabelecerem-se ali, pagando 8 ducados de ouro à Coroa Portuguesa. Os judeus que não podiam pagar a quantia estipulada, tinham metade de seus bens confiscados.

Durante anos a fio o povo judeu andou errante procurando um lugar para viverem em paz, já que haviam sido expulsos de sua Terra. Curioso é notar que por onde passaram, de tempos em tempos, levantava-se uma perseguição local e além de serem humilhados e mortos muitas e muitas vezes, a perseverança pela sobrevivência nunca cessou.

Com a união da família real portuguesa com a família real espanhola, através do casamento da filha de um rei católico espanhol com D. manuel, rei de Portugal, torna a permanência judaica em Portugal, um tanto complicada, pois uma das condições impostas pela Coroa Espanhola para que o casamento fosse realizado era que Portugal adotasse as leis da Inquisição praticadas na Espanha.

O rei de Portugal resolveu, então, forçar a conversão dos judeus ao catolicismo romano, em vez de expulsá-los, até porque, esta decisão teve como base o interesse de Portugal que estava sendo beneficiado com os grandes profissionais judeus que estavam contribuindo para o crescimento do país. Os judeus que permaneceram em Portugal, tiveram seus bens confiscados e pagavam caros impostos para obter o direito de ali permanecer.

E o que acontecia com os judeus que se recusavam a tais exigências da Coroa Portuguesa? Bem..., estes eram julgados, condenados e executados nas fogueiras inquisitórias. Por isso, a maioria dos judeus "converteram-se" à força. Tudo para terem sua vida preservada. Outros, porém aceitaram realmente o catolicismo com sua religião, sendo assim, chamados de cristãos-novos. Havia, contudo judeus que aparentemente seguia ao catolicismo, mas em secreto, continuavam praticando o judaísmo, sendo chamados de cripto-judeus/marranos.

O auge da Inquisição portuguesa ocorreu nos séculos XVI e XVII. Como os portugueses alcançaram o Brasil no século XVI, podemos pontuar que foi justamente no auge da Inquisição que vários judeus vieram para o Brasil junto com os portugueses, até porque, muitos deles trabalhavam para a Coroa. Assim, na comitiva de Cabral estava dentre alguns judeus, o famoso Fernando de Noronha. Aqui, trabalharam com o cultivo da cana-de-açúcar e na sua exportação.

Mas por aqui, a perseguição também se fez presente, através da visitação do Santo Ofício. Em 1624 foram executados em Lisboa 25 judeus que aqui estavam. No nordeste, uma batalha foi travada onde os holandeses vencem e dominaram Recife e uma parte do nordeste, afinal, os olhos dos pioneiros das navegações estavam postos na nova terra cheia de riquesas! Com isso, muitos judeus que viviam na Holanda vêm para o Brasil e junto vem também o rabino Itschac Aboab, o primeiro das Américas!

Após um tempo, os holandeses foram expulsos do Brasil e a comunidade judaica sai também. 150 famílias judias deixam a cidade de Recife e 23 judeus, que iam para Amsterdã, foram interceptados por espanhóis, e assim são aprisiondados na Jamaica, sendo libertos pelos franceses que íam para a América do Norte. Este grupo de judeus ajudou a fundar a cidade de Nova York.

Em 1774, enfim, cessa a Inquisição no Brasil! Em 1821, tem fim também em Portugal. O tempo passou..., a Inquisição acabou, porém é curioso notar que, hoje, vemos um pré-conceito, infundado, com relação aos judeus que descendem dos cristãos-novos e dos marranos. Pré-conceito este, que é praticado por muitos judeus de diversos ramos do judaísmo.

Há quem diga, ainda que tal afirmação seja errônea, que os judeus descendentes dos cristãos-novos e marranos, não sejam judeus "legímos"! Tal afirmação é totalmente infundada! 

Ora, não é o descendente de judeu um judeu? Claro que sim! Este tem em seu sangue, em sua história genealógica tal herança! Assim como um índio, ainda que tenha sido gerado e criado numa sociedade não indígena, com outros costumes, alheio a sua cultura primária, não deixa de ser um índio. E se este índio é movido por uma "força interior", uma afinidade que surge em algum momento de sua vida a praticar a cultura indígena, ainda que sem saber que a tal pertença, e mais tarde descobre e prossegue nesta prática, não seria isto a restauração de sua identidade indígena? Claro que sim! Pois assim também ocorre com os judeus e judias que pelos motivos históricos já mencionados, são movidos "naturalmente" a sua cultura e sua fé. Mais tarde, descobrem então, que fazem parte de tal povo, através de pesquisas na história de suas famílias, em pesquisas genealógicas, etc. E assim, passa a entender como as coisas se "encaixam" perfeitamente, e sentem-se confortáveis e familiarizados em sua original cultura e fé! Porém se deparam com uma não aceitação de sua identidade judaica por pessoas de seu próprio povo, que por motivos diversos que só D'us sabe, julgam-nas  pessoas  de "fora" querendo parecer que são, mas não sendo em sua origem, judeus e judias!

Alguém pode dizer: Mas esta questão genealógica não é o mais importante na vida. E eu digo: Realmente, a questão genealógica não é o mais importante na vida de alguém. O mais importante é ter fé e seguir o D'us Único, O Criador, e ao Mashiach prometido nas Escrituras, bem como os mandamentos do Pai. Porém, trato deste assunto, sobre a identidade judaica, por ser algo que, como já dito aqui, tem sido motivo para algumas pessoas sentirem-se "podadas" com receio da não aceitação e discriminação por parte de outros judeus. É por isso que se faz necessário, ao meu ver, um esclarecimento no objetivo de levar a uma reflexão crítica e esclarecedora deste assunto que é fato em nossos dias, colaborando assim para o combate de tal pré-conceito, que como já disse é infundado.

Esta é a triste realidade que merece ser pontuada e denunciada em seu erro e que tem gerado em muitos judeus e judias um certo acanhamento, quanto a assumir sua identidade judaica em público, e principalmente quando há um suposto judeu "legítmo" por perto! pois receiam ser tratados com tal discriminação. Porém quero aproveitar este espaço para declarar aos meus irmãos e irmãs, judeus e judias, descendentes dos cristãos-novos e marranos, que não se acanhem em assumir publicamente, sempre que necessário, sua identidade judaica, que é legítima de fato e de direito!

Descobri minha identidade judaica aos poucos. Tudo começou com minha entrega total ao D'us de Israel e a obediência às Sagradas Escrituas, seguindo com prazer a Sua Lei e os Seus mandamentos, bem como crendo no Mashiach Yeshua conforme profetizados nas Escrituras! Fora isso, uma total afinidade com a cultura judaica, o amor a Erets Israel e à Yerushalayim! Mais tarde, através de pesquisas em família buscando dados genealógicos e comparando com a história, tomei ciência de que minha família tanto do lado materno quanto paterno descendem dos marranos e cristãos-novos.

Hoje, tenho certeza de minha identidade judaica a despeito de qualquer indiferença ou fala contrária de quem quer que seja.

Em tudo isso reconheço que a mão do Eterno me conduziu em Sua direção, em primeiro lugar, e depois à Teshuvah completa! Baruch HaShem!

O D'us de Israel é o sentido da minha existência e os Seus ensinos o prazer da mimha alma!

Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana dos Santos Calado)

domingo, 17 de abril de 2011

Pessach !

Pessach, Festa da Libertação Física e Espiritual, Festa da vida!

[Shemót (Êxodo) Capítulo11 e 12]

"E este dia será para vós por lembrança, e o celebrareis como festa para o Eterno em vossas gerações; como estatuto perpétuo o celebrareis. (...) E direis: Sacrifício de Pessach é para o Eterno, que saltou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, mas as nossas casas livrou. (...) E foi neste mesmo dia, que tirou o Eterno aos filhos de Israel da terra do Egito, por seus exécitos."   Shemót 12.14, 27, 51

É a Festa da libertação Física porque porque D'us, o Criador, libertou nosso povo, os judeus, da escravidão do Egito e conservou com vida os primogênitos de cada família israelita, bem como os de seus animais, quando a décima praga acometeu os egipcios, levando a morte todos os seus primogênitos atingindo também o primogênito de cada um de seus animais.

Naquele dia, o Eterno, D'us de Israel, ordenou que os hebreus (judeus), matassem um cordeiro e aspergissem seu sangue nos umbrais e na verga de suas portas. Este sangue serviu de sinal da proteção de D'us sobre Seu povo, livrando-os do anjo da morte que passou por cima das casas dos hebreus, não podendo atingi-los.

Após o pôr-do-sol, D'us ordenou que cada família de Seu povo, em suas casas, comessem a carne assada do cordeiro que havia sido imolado com ervas amargas e pães asmos (sem fermento), pois o pão foi feito às pressas e por isso não houve tempo para a levedura de sua massa. Este é o Pessach do Eterno!

D'us ordenou que esta cerimônia fosse realizada anualmente de geração em geração para sempre! Para que se trouxesse a memória o livramento que Ele deu ao Seu povo, conservando os primogênitos com vida e livrando Seu povo da escravidão do Egito.


O pão asmo simboliza o pão da pobreza, devido a vida que levaram durante a escravidão; as ervas amargas simbolizam o sofrimento da escravidão e o cordeiro simboliza o livramento que D'us deu através do seu sangue que serviu de sinal nos umbrais e na verga das portas, ordenando que o povo comesse de sua carne assada.






                                                                          
É a Festa da Libertação Espiritual porque muitos anos mais tarde, D'us faz cumprir a profecia há muito predita, enviando o Mashiach, Yeshua, conforme relatado em Yesha'iahu (Isaías) 53. Ele, Yeshua é a mão forte e o braço estendido do Eterno, o Seu yad chazacah uvzrôa n'tuiah! ( יד חזקה ובזרע נטויה  ) Yeshua morreu num dia de Pessach como "Cordeiro de D'us". Seu sangue vertido no madeiro faz, assim, expiação pelos nossos pecados e nos livra da morte eterna, seu corpo foi pregado na estaca por amor de nós, como corban (sacrifício) nos concedendo assim vida eterna, plena, para o serviço de D'us.

"...e a quem foi revelado o braço do Eterno?... Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, e nós o reputávamos por aflito, ferido de D'us e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelas suas pisadura fomos sarados. (...) Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado para o matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. (...) Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, ..." Yesha'iahu (Isaías) 53

É a Festa da Vida porque como já dito anteriormente, D'us conservou os primogênitos do Seu povo com vida e ainda nos dá vida eterna através de Seu Filho, Yeshua HaMashiach! Vida eterna é a vida em plena comunhão com D'us para sempre!

Vale lembrar, ainda, que Yeshua participou do Pessach antes de morrer e três dias após sua morte, ele ressuscitou, está à direita de D'us e voltará, conforme as profecias, para instituir o reino do Eterno aqui na Terra, mas isto é um assunto para uma outra postagem...

"(... ) 'Como vocês sabem, Pessach terá início daqui a dos dias, e o Filho do Homem será entregue e pregado numa estaca de execução.' (...) No primeiro dia da festa das matsot, os talmidim vieram a Yeshua e lhe perguntaram: 'onde quer que lhe preparemos o seder?' (...) Quando anoiteceu, Yeshua estava reclinado à mesa com os doze talmidim. Enquanto estavam comendo, ... 'Quem mergulha  a matsah no prato, comigo, é o que me trairá. O Filho do Homem morrerá, como prediz o Tanach, (...) Enquanto comiam, Yeshua pegou a matsah , disse a b'rachah, partiu-a, e a deu aos talmidim, dizendo: 'Peguem e comam; isto é o meu corpo! Ele também pegou um cálice de vinho, disse a b'rachah, e o deu a eles dizendo: 'Bebam dele todos vocês! Porque este é o meu sangue, que confirma a Nova Aliança, meu sangue derramado a favor de muitos, para que tenham os pecados perdoados. Eu lhes digo que não beberei deste 'fruto da videira' novamente até o dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai.' Depois de terem cantado o Hallel, saíram para o monte das oliveiras."  Mattityahu 26.2, 17, 20, 23-24, 26-30

Chag Pessach Sameach!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)


Para quem estiver interessado, segue abaixo um link que disponibiliza a Hagadah de Pessach:

http://issuu.com/gbcreative/docs/apostila_hagadah_pessach

quarta-feira, 2 de março de 2011

A restauração do entendimento quanto à judaicidade original das Escrituras Sagradas, requer a retirada da "roupagem" romana que tentaram impor ao longo dos tempos!

Sinagoga, Torah, Mitsvot, Pessach! Estes termos podem parecer estranhos para muitos, mas na verdade eles estão nas Sagradas Escrituras e deveriam ser comumente usados por todos nós, desde que surgiram, mas por que será que muitas pessoas não sabem nem que Yeshua é o nome original do Mashiach que foi transliterado do grego para o português como "J e s u s" e que ele, ao invés de frenquentar uma igreja, frequentava o Templo em Yerushalayim e as sinagogas?! Ah! Tem mais! Ele era rabino!! Rabino? Muitos podem perguntar! Isso mesmo! Yeshua era rabino! Vejamos porque todo esse “estranhamento” ocorre em muitos lugares e por parte de muitas pessoas.

A Igreja descendente do movimento reformista surge no séc. XVI. Martinho Lutero um dos principais líderes da Reforma era monge na Instituição criada pelos romanos. Protestou contra as indulgências, e tantas outras mentiras que a Igreja Católica Apostólica Romana estava disseminando e impondo como verdade aos seus fieis. Isto foi um fato positivo da Reforma, visto que denunciou um ponto importante no que diz respeito a salvação, que não está correlacionada às indulgências, cobradas na época. Mas será que o Movimento Reformista deu conta de denunciar todas as mentiras impostas pelos romanos?

Vejamos alguns pontos importantes para que possamos refletir e, assim, compreender melhor o porquê de tanta controvérsia em debates teológicos!

É bom lembrar que os servos de HaShem serviram-No primariamente nos altares edificados ao ar livre – Bereshit (Gn) 4.2-7; 8.20; 12.7-8; 14.17;




posteriormente no Mishcan (Tabernáculo) – Shemót (Êx) 27.1-8; 30.17-21; 25.31-40;




depois no Beit HaMicdash (Templo) em Yerushalayim – 1 Reis 9.1-3; 2 Reis 23.1-3




As sinagogas surgem com a destruição do Primeiro Templo e o cativeiro em Babilônia, e serviam como casa de estudos e oração. Mesmo com a reconstrução do Segundo Templo, as sinagogas permaneceram – Ezras 1.1-5; 3.1-7, 10-13, 6.16-18; Yochanan 10.22-25; Lucas 19.47-48; 6.6 Atos 3.1; 9.20.




Yeshua, o Mashiach, como judeu e rabino (líder religioso que ensinava as Sagradas Escrituras), seguia a Torah e freqüentava tanto o Beit HaMicdash como as sinagogas – Mattityahu 4.23. A comunidade messiânica, fazia da mesma forma, além de reunir-se com frequência nas casas – Atos 2.46-47.

De acordo com os Textos Sagrados, tomamos conhecimento de que Yeshua e seus talmidim comemoravam as Festas ordenadas pelo Eterno, o Shabat era observado..., enfim eles obedeciam aos mandamentos da Torah – Mattityahu 5.16-19.

Chegando no ano 70 podemos ver pelos relatos históricos, um grande conflito em Yerushalayim, pois nesta época o Império Romano já estava mais agressivo contra os judeus e é nesse contexto que o Segundo Beit HaMicdash é destruído. Enquanto os judeus sofriam errantes pelo mundo a fora, o Império Romano fazia valer pela sua força política e cultural as mudanças que lhe aprazia. Mais tarde mudaram o nome da Terra Santa que na época chamava-se Y`hudah (Judeia), para Palestina (palavra descendente de Filístia = filisteu) e à Yerushalaim, chamaram de Aelia Captolina (Aelia foi colocado em homenagem a Publius Aelius Hadrianus, nome do então Imperador romano e Capitolina , por causa do santuário erguido em homenagem a Júpter Capitolino, no local do Templo). Isto é um ponto importante, para podermos refletir, em como o Império romano fez para tentar “apagar” da memória das pessoas toda a verdadeira história judaica, sua cultura e fé. Não podemos deixar de observar, que mesmo em pouquíssimo número, sempre houve a presença de judeus em sua terra, apesar da dispersão em massa.

No séc. IV, Constantino, resolve criar uma instituição religiosa. Ele tentou romanizar as Sagradas Escrituras e fazer disso uma religião universal. Assim, através de sua influência, o poder romano disseminou sua religião e cultura helênica (grega) pelo mundo. Assim surge a “nova” instituição pagã do Império Romano! Somente no séc. XVI, como anteriormente citado, surge a Reforma Protestante e, com ela, muitas instituições denominacionais que trouxeram consigo muitas características da Igreja Romana, como por exemplo, a comemoração do Natal e a abolição das Festas Sagradas, a mudança do calendário judaico pelo gregoriano, dentre outras. Por conta de um novo calendário, o gregoriano, criado pelo papa Gregório, consequentemente ocasionou uma mudança na comemoração da Festa de Pessach (Páscoa), que também passa a ser comemorada ritualmente diferente da maneira como está relatada na Torah, além disso, passam a fazer seleção dos mandamentos que devem ser observados. Surge muita “novidade” como a nomenclatura “Antigo Testamento”, quando na verdade o conjunto dos livros da Torah, mais os livros dos Profetas e os demais Escritos Sagrados é chamado de TaNaCh, que é uma palavra formada pelas letras iniciais dos grupos dos livros que o formam: T (Torah) Gênesis à Deuteronômio, N (Neviim) = Profetas, Ch (Chetuvim) = Escritos.

Esses são apenas alguns exemplos, dentre muitos outros, das mudanças imposta pela Instituição Romana e que até hoje traz tanto conflito na compreensão de muita gente.

É bom lembrar também que Lutero apesar de ter denunciado algumas mentiras da Igreja Romana, infelizmente, por outro lado, mandou destruir as sinagogas, queimar os livros judaicos de oração, perseguiu os rabinos além de ordenar maus tratos aos judeus de diversas maneiras...

O conhecimento de tais fatos históricos traz maior esclarecimento a respeito do motivo pelo qual muita gente ainda continua a desconhecer muitas verdades das Sagradas Escrituras e acabam reproduzindo o discurso que fora propagado por Roma durante séculos.

Porém, estamos vivendo um tempo de Restauração, um momento na história em que as verdades das Escrituras Sagradas estão sendo compreendidas por muitas pessoas em todo mundo e isto faz parte do preparo para o retorno do Mashiach, pois antes dele voltar, sua Comunidade deve estar de volta à sua originalidade, tanto em entendimento, quanto em prática com relação ao serviço de adoração a HaShem.

Apesar das atitudes dos babilônicos, dos romanos, de Lutero, de Hitler, de Ahmadinejad, e todos os que odeiam os judeus em todos os tempos, maior é quem está protegendo o povo de Israel - O Guardião de Israel! Adonai Tsevaot! Ele jamais permitirá que Seu povo seja destruído, nem Sua palavra profanada, pois Ele mesmo é quem está comandando Seu exército para cumprir o Seu intento de Restauração. A Restauração de toda a Verdade para que o retorno do Mashiach se realize em tempo oportuno e determinado por Ele.

Vejamos agora algumas práticas realizadas pelos servos de HaShem na época de Yeshua e que o domínio romano tentou “apagar” da vida das pessoas devotas ao Eterno:


- B`rit Milah (Circuncisão) - Bereshit 17.9-13:


“No oitavo dia, data da realização do B`rit Milah, foi-lhe dado o nome Yeshua, usado pelo anjo para chamá-lo antes de sua concepção.”  Lucas 2.21

“No oitavo dia, era realização do B`rit Milah do menino. Queriam lhe dar o nome de Z`kharyah,... ‘Não , ele será chamado Yochanan’”.  Lucas 1.59-61



- Pidion Haben (Redenção do Filho Primogênito) - Shemot (Êx) 12.11-14:


“Ao chegar o tempo da purificação deles, de acordo com a Torah de Mosheh, Yosef e Miryam o levaram a Yerushalayim para apresentá-lo a ADONAI (como está escrito na Torah de ADONAI: ‘Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado a ADONAI’) e também para oferecer o sacrifício de um par de rolinhas ou dois pombinhos, de acordo com a Torah de ADONAI.”  Lucas 2.22-24



- Festas ordenada por HaShem:


Shabat - Bereshit 2.2-3; Shemót 16.25-30:




“Foi a Natzeret, onde havia sido criado, e no shabat se dirigiu à sinagoga,como de costume. Levantou-se para ler, e lhe foi dado o rolo do profeta Yesha`yahu. (...)”  Lucas 4.16-17

 “...No shabat, as mulheres descansaram, em obediência ao mandamento.”  Lucas 23.56






Pessach - Shemot 12.1-20:





“No primeiro dia da festa das matzot, os talmidim vieram a Yeshua e lhe perguntaram: ‘Onde quer que lhe preparemos seder? (...)" Mattityahu (Mt) 26.17










Shavuot (Pentecostes) - Vayikrá (Lv) 23.15-16; Devarim (Dt) 16.9-12




     









“Chegou a Festa de Shavu`ot e os crentes estavam todos reunidos em um só lugar.”  Atos 2.1




Sucot – Vayicrá (Lv) 23.40-43:







“No último dia da festa, Hoshana Rabbah, Yeshua se levantou e disse em alta voz: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba! Quem deposita a confiança em mim, como dizem as Escrituras, rios de água viva fluirão do seu interior!”  Yochanan 7.37-38





- Festa instituída pelo povo judeu por ter o Eterno operado milagres:


Chanucá







“Chegou o tempo de Chanucá, Yerushalayim. Era inverno, e Yeshua estava andando na área do Templo, caminhando pela colunata de Sh`lomoh”.  Yochanan 10.22


Note que tomei o cuidado de mencionar as passagens registradas no B`rit Hadasah de fatos da Época de Yeshua, ou posterior, para que possamos ter atenção quando lermos o B`rit Hadashah, entendermos que essa falsa história de abolição da Torah, que alguns querem insistir em continuar propagando não procede. Isto realmente não faz sentido algum, é totalmente contraditório, pois toda a Comunidade Messiânica obedecia e continua obedecendo a Torah. O próprio Yeshua deixou explícito que devemos observá-la. Assim ele recomendou ao homem rico:


“... ‘Rabbi, que boa ação deverei fazer para ter a vida eterna?’ Yeshua lhe disse: ‘...Se você quer obter a vida eterna, obedeça às mitzvot’. (...)"  Mattityahu 19.16-17


Ninguém tem autoridade para mudar a palavra de HaShem, Ele é Soberano, é o El Shadai. Seu filho e Ele estão em concordância e aqueles que querem segui-Lo devem estar também em concordância com Sua palavra. A Torah não foi abolida! Ela está viva! Yeshua é a Torah viva!!!

O que era lido e estudado nas sinagogas? Todo o Tanach! Não havia o B`rit Hadashah, inclusive só pelo ano 70, provavelmente, foi escrito o Evangelho segundo Lucas, mas Yochanan deixa bem claro o objetivo da escrita dos relatos a respeito da vida de Yeshua, que é para que creiamos que ele é o Mashiach, o Filho do Eterno:


“Yeshua realizou muitos outros milagres na presença dos talmidim, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos aqui para que vocês possam confiar que Yeshua é o Messias, o Filho de D`us, e que, mediante essa confiança, tenham vida por causa de quem ele é.” Yochanan 20.30



Quando lemos as cartas dos talmidim como as de Sha`ul, as de Yochanan, e dos demais que escreveram, podemos observar o que se passava na época, as questões que se discutiam, como estava a situação das congregações, e a solução dos problemas apresentados, além dos relatos de divulgação das boas novas e dos milagres que foram feitos. Tudo isto foi escrito muito tempo depois que Yeshua ascendeu ao Pai e toda aquela comunidade seguia a Torah, como dito anteriormente. Vemos como Sha`ul fala sobre a Torah de maneira difícil, mas quando lemos com cuidado podemos entender seus escritos, que jamais entram em contradição com as Escrituras Sagradas, Sha`ul era muito instruído para escrever de maneira contraditória, ele não poderia negar as palavras de Yeshua, felizmente ele não negou, pelo contrário, sofreu perseguições por crer ser ele o Mashiach profetizado no Tanach! Sha`ul valorizou a Torah:



“Portanto a Torah é santa; isto é, o mandamento é santo justo e bom.” Romanos 7.12



Veja que a questão da tradução das Escrituras é importante no que diz respeito a obter um entendimento mais esclarecido, principalmente quando se trata de trechos onde não se encontra de maneira clara o que o autor quer dizer.

Sabemos pela história o que a Inquisição fez aos que se atreviam a traduzir os Textos Sagrados, morriam queimados! Para surpresa dos opositores, cada ano que passa mais esclarecido o povo fica, pois além de tudo, o próprio D`us abre o entendimento dos que O buscam com sinceridade de coração. Nesta luta, chegamos ao ponto onde estamos, entre tantos embates, estamos na reta final, não dá mais para ocultar o que está revelado e “clarificado”! Uma “onda” de esclarecimento está inundando a terra, e o povo que serve ao Eterno está, cada vez mais, compreendendo Sua santa Palavra!

Temos hoje a Terra Prometida com o nome que lhe cabe! Chama-se: Estado de Israel e sua capital é Yerushalayim!!!




Agora, imagine Yeshua! Ele não usava toga romana vermelha, ele usava um belo talit (Lc 8.44), ele também orava em hebraico, fazia as berachot (bênçãos) na língua sagrada nas ocasiões como era costume entre os judeus, antes do partir do pão; etc (Lc 9.16), ele fazia parashiot para os seus talmidim ouvirem no shabat(Mt 4.23), Lia a haftará nas sinagogas (Lc 4.16-21), comia matsah e ervas amargas uma vez ao ano no seder de Pessach !!(Mt 26.26-27) Esse é o meu Mashiach, esse é o Mashiach profetizado no Tanach, o Filho de HaShem, que andava no meio dos desprezados para lhes levar a libertação e cura !! (Lc.5.29-32) Denunciava o legalismo dos p`rushim (fariseus) e ensinava a correta observação das mitsvot (Lc 13.14-17). Homem simples e ao mesmo tempo cheio de sabedoria e autoridade inigualável ! (Mc 1.21-22) Perfeito, nunca pecou e está vivo para nos ajudar em todos os momentos de nossa vida !(Mt 28.5-6; 11.28-30) Inclusive para abrir a vista aos cegos tanto física como espiritualmente, para fazer os coxos andarem tanto física, como espiritualmente, para curar qualquer enfermidade do corpo, como da alma! (Lc 6.17-19) Ele é o judeu Yeshua, o meu Salvador, o meu Mashiach! Enviado pelo Pai, meu Pai – o Eterno de Israel! Baruch HaShem!



Belas são as palavras de Yeshua, bem como seus ensinos, por isso a multidão o seguia e até hoje é assim!


“Não pensem que vim abolir a Torah ou os profetas. Não vim abolir, mas completar. Sim, é verdade! Digo a vocês: até que os céus e a terra passem, nem mesmo um yud ou um traço da Torah passará – não até que todas as coisas que precisam acontecer tenham ocorrido. Portanto, quem desobedecer à menor dessas mitsvot e ensinar outras pessoas a agirem da mesma forma será chamado ‘maior’no Reino do Céu.”  Mattityahu 5.17-19



Baruch Atá Adonai Eloheinu Mélech Haolam!!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sionismo e o Estado de Israel

O termo Sionismo deriva da palavra Sion (  ציון  - Tsion, em hebraico) e refere-se a Yerushalayim (Jerusalém) e também a Erets Israel (Terra de Israel).

O Sionismo é um movimento ideológico organizado, objetivando o direito de retorno do povo judeu viver livre em sua própria terra. Este movimento formalizou-se em 1897 durante o Primeiro Congresso Sionista liderado por Teodor Herzl, em Basileia, na Suíça. Porém, muito antes de sua formalização, este movimento já existia na prática, devido a grande opressão sofrida pelos judeus em terras estrangeiras.

O esforço perseverante do povo judeu em livrar-se das perseguições, maus tratos e morte pelos seus opressortes, levou-os à luta pelo retorno à sua antiga terra - Erets Israel. Nesse processo, o povo judeu organizou-se e enfrentou a contínua perseguições, onde quer que estivessem. Seus opressores, nos países onde estavam exilados esforçavam-se para impedir seu retorno. Neste sentido a Grã-Bretanha, teve uma participação duramente vergonhosa diante dos inúmeros apelos do povo judeu em vista dos sofrimentos vividos e buscando refúgio em sua própria terra, porém quando o domínio sobre Erets Israel estava nas mãos dos britânicos, não moveram uma "palha" para ajudar os judeus em seu dessespero pela sobrevivência, pelo contrário, empenhavam-se por bloquear as entradas marítimas em Erets Israel capturando sempre que podia, os navios clandestinos que chegavam, porém os organizadores da imigração clandestina usavam de maravilhosas estratégias para furar o bloqueio e assim, muitos judeus puderam ir aos poucos e a duras penas retornar ao seu antigo "lar". Lar este que viviam desde a época do patriarca Avraham (Abraão) consolidando-se tempos depois com a comitiva de Yehoshua (Josué), o sucessor de Mosheh (Moisés) e que milênios depois ficou em poder dos romanos a partir da  invasão com seu exército liderado pelo general Tito no ano 70. E assim, tendo arrazado a cidade de Yerushalayim e destruído o Beit Hamicdash (Templo Sagrado), os judeus foram expulsos de sua terra. Guerras foram travadas na costa de Erets Israel, documentos falsificados, e muitas outras estratégias bem organizadas eram executadas pelos sionistas para que se conseguisse o objetivo principal, entrar em sua terra e fugir do antissemitismo.

Ainda que o movimento sionista não seja um movimento religioso, vemos com clareza, o D`us de Avraham, Itschac e Yaacov operando milagres e maravilhas em favor de seu povo. Sendo assim, percebemos as profecias das Sagradas Escrituras  pelos profetas de Israel, se cumprindo, principalmente as relacionadas sobre a dispersão, exílio em terras estrangeiras e a restauração de seu povo em sua própria terra.

Muitas dessas profecias já se cumpriram, bem como a que diz respeito a dispersão, o retorno e a restauração, vide a restauração do Estado Judeu. Neste sentido, a cada dia, o Estado de Israel continua recebendo mais e mais judeus em sua terra. Porém, ainda falta uma parte desta profecia se cumprir, a que diz respeito ao retorno do Mashiach e a guerra que precederá este retorno, quando D'us, mais uma vez intervirá em favor de seu povo e então o Mashiach voltará e todo o Israel o reconhecerá!

Eis algumas referências:

 Yesha'yahu (Isaías) 29.3; Yirmeyahu (Jeremias) 6.6; Yechezk`el (Exequiel) 4.2; Z'chariah (Zacarias) 12.3, 7-10; 14.1-11

"Naquele dia, farei de Yerushalayim uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se juntarão todas as nações da terra. (...) O Eterno salvará primeiramente as tendas de Y`hudah, para que a glória da casa de David e a glória dos habitantes de Yerushalayim não sejam exaltadas acima de Y`hudah. Naquele dia, o Eterno protegerá os habitantes de Yerushalayim; e o mais fraco dentre eles, naquele dia será com David, e a casa de David será como D`us, como o Anjo do Eterno diante deles. Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Yerushalayim. E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Yerushalayim derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem transpassaram; prantea-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito"      Z`chariach (Zacarias) 12.3, 7-10


A maior de todas as profecias foi dita pelo próprio Mashiach Yeshua, confirmando as anteriores: Mattityahu (Mateus) 23.37-39; Lucas 19.41-44; 21.6, 20-24

"Virão dias dias em que seus inimigos construirão barricadas contra você, a rodearão e a cercarão de todos os lados. E lança rão por terra, com você e seus filhos dentro dos muros, sem deixar pedra sobre pedra, e tudo porque você não reconheceu a oportunidade que D`us lhe concedeu!"       
Lc 42.c -44

"Yerushalayim, Yerushalayim! Você que matas os profetas, que apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo de suas asas, mas vocês se recusaram! Vejam: D`us está abandonando a casa, deixando-a deserta. Pois eu lhes digo que vocês não me verão mais até que digam: 'Bendito é o que vem em nome de Adonai' ".      Matityahu (Mateus) 23.37-39


Yeshua deixou sinais que ocorreriam quando da proximidade de seu retorno. Estes estão se cumprindo ao longo do tempo, e podemos ver nos dias atuais cada vez mais estes sinais em evidência conforme profetizado.

Os propósitos do Eterno de Israel jamais serão frustados, por isso, D`us move o coração dos homens para executarem o que de antemão, o Ele mesmo já decidiu, neste caso, o estabelecimento do Estado de Israel.

Em 29 de novembro de 1947, a Organização da Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha da terra - Erets Israel, propondo um Estado Judeu e outro Palestino independentes, apesar da partilha não estar de acordo com os anseios da maioria dos sionistas, até porque a parte sagrada de Yerushalayim não estaria em seus domínios, eles aceitaram a decisão, pois estava em jogo a legitimação do Estado Judeu, os árabes por outro, rejeitaram esta partilha, pois não queriam a legitimação do  Estado Judeu. Fato curioso foi o fato  das duas maiores potências da época: Estados Unidos da América e União Soviética, apesar de sua grande rivalidade votaram a favor da partilha.







Eis os países que votaram a favor - 33 votos:

África do Sul, Austrália, Bélgica, Bolívia, Bielo-Rússia, Brasil, Canadá, Tchecoslováquia, Costa Rica, Dinamarca, Equador, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Guatemala, Haiti, Holanda, Islândia, Libéria, Luxemburgo, Nicarágua, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Polönia, República Dominicana, Suécia, Ucrânia, URSS, Uruguai, Venezuela

Eis os países contrários - 13 votos:

Afeganistão, Arábia Saudita, Cuba, Egito, Grécia, Iêmen, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Paquistão, Síiria, Turquia

10 Abstenções:

Argentina, Chile, China, Colômbia, El salvador, Etiópia, Honduras, Iugoslávia,  México, Grã-Bretanha

01 Ausência:

Tailândia. O seu representante  deixou a Assembleia justificando que havia de resolver problemas em seu país.


Este fato determinou um marco na história mundial e os planos de D`us foram, como sempre são, concretizados! Nas ruas, os judeus em todo o mundo dançavam e pulavam alegremente, comemorando esta grande vitória proporcionada pelo D`us de Israel! Após anos e anos de choro e sofrimento, agora se via alegria, cânticos e danças, misturados às lagrimas de alegria que corriam pela face daqueles que nunca perderam a esperança de ser um povo livre em sua pátria!!! Baruch Hshem!

Em 14 de maio de 1948, é proclamado o Estado de Israel, tendo o sionista David Ben Gurion como seu Primeiro Ministro, mas antes que se completassem 24 horas desta procamação, os Estados árabes vizinhos invadem o Israel na tentativa de exterminá-lo e impedir o seu estabelecimento como nação, porém, mais uma vez D`us fica à frente de Seu povo e Israel vence a batalha, como David venceu Golias, pelo poder do Criador, apesar de ser menor em número e em armamento, diante do inimigo bem armado, porém, maior é o que esteve com David e também está com Israel, O D`us de Avraham, Itschac e Yaacov e seu exército celestial invisível estava ali com o exército de Israel guerreando contra seus inimigos na frente da batalha - Adonai Tsevaot! Baruch HaShem! Assim a vitória foi garantida a favor de Israel pelo poder de seu D`us!! Esta Guerra ficou conhecida como a Guerra da independência do Estado de Israel.

Este é o Estado de Israel que, apesar da fúria de seus inimigos, ainda hoje, sobrevive e sempre sobreviverá, pois está protegido sob as mãos do El Shaday!



"Assim diz o Eterno: 'Voltarei para Tsion e habitarei no meio de Yerushalayim; Yerushalayim chamar-se-á a cidade fiel, e o monte de Adonai Tsevaot, monte santo.' "        Z'chariah (Zacarias) 8.3 

"Os resgatados do Eterno voltarão e virão a Tsion com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido."   
Yesha`yahu (Isaías) 35.10


Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Israel ou "Palestina"?

Vemos em muitas Bíblias e também em outras literaturas mapas da terra de Israel com o nome de "Palestina". É curioso como certas pessoas insistem em usar um nome que não é o verdadeiro nome da terra. Mas todo esse empenho será intencional? ou não? Muitos escritores o fazem até mesmo sem refletir sobre a seriedade desse fato. Por isso, vamos refletir um pouco sobre o assunto.

Na época dos Patriarcas, o território onde hoje é o Estado de Israel chamava-se Canaan - Gn 12.1, 5; 16.3; 17.8; 23.8-9, 15-18; 24.62; 28.1, 10; 31.3

Ya' acov (Jacó) vivencia uma experiência com o Eterno e tem sua vida transformada dali por diante - Gn 28.10-17 (D' us se manifesta a ele.); 28.18-22 (Ya' acov faz um voto ao Eterno para Servi-LO); 32.9-12 (Ele ora ao Eterno); 33.18-20 (Compra um pedaço de terra dos filhos de Chamor, pai de Shechem [Siquém]); 35.1-7 (Edifica um altar ao Eterno) ; 35.9-15 (Recebe a confirmação da mudança de seu nome para Israel e ergue um monumento de pedra e adora ao Eterno em Bet El).

A partir de então todos os descendentes de Ya' acov serão identificados como povo de Israel. A fé no Eterno será o elo que unirá este povo.

Percebemos até aqui que os Patriarcas estabeleceram-se na terra que o Eterno lhes prometera - Canaan. Avraham (Abraão) marca o início da posse da terra quando compra o campo de Machpelá - Gn 23.16-18.

Quando Yehoshua (Josué) entra com o povo em Canaan (pois o povo havia se ausentado da terra por causa da fome, e mais tarde foi escravisado em Mitsraim, Egito, para dar continuidade ao
seu estabelecimento na mesma, então cada Tribo de Israel (descendentes dos filhos de Israel) passa a ocupar um pedaço de terra em Canaan - Js 14.1-5. Contudo, a conquista prosseguiu através de guerras que travavam com os povos pagãos que restaram ali.

Yehoshua (Josué) e o povo reúnem-se em Shechem e fazem confirmação de servir ao Eterno - Js 24.-25, 26, 31-32.

David conquista Yerushalayim e a faz capital de seu reino - 2 Sm 5.

Shlomoh (Salomão) constrói o Beit Hamicdash (Templo) em Yerushalayim - 1 Rs 8.1.

Após a morte de Shlomoh (Salomão), o reino é dividido em dois: Israel, ao norte e Y'hudah (Judá), ao sul.

Mais tarde, Israel é levado cativo para Assíria e depois Y'hudah (Judá) para a Babilônia. Contudo, com a queda da Babilônia pelo poder Persa, o reino de Y'hudah começa a ser restaurado em sua terra com a recontrução da cidade de Yerushalayim, mesmo sob domínio Persa, todavia, os judeus tinham certa liberdade, e assim desenvolveram sua vida religiosa no Beit Hamicdash (Templo)

A partir daí, a terra dos judeus passa a ser chamada de Terra de Y'hudah (Terra de Judá), ou   Y'hudah (Judeia) como na época de Yeshua - Ed 1.2-3; Nee 4.5, 17; At 1.8

No ano 70, com a invasão do exército romano sob a liderança do general Tito, os romanos tomam Y' hudah (Judeia) à força, mudando seu nome para "Palestina" e à Yerushalayim chamaram de "Aelia Captolina". Tudo isso foi feito para trazer humilhação para os judeus.

Tendo sido os judeus expulsos de sua terra, se bem que sempre houve um pequeno n° presente na região; no séc. IV a religião romana começa a disseminar suas doutrinas pagãs pelo mundo através dos tempos; além de ter tido a ousadia de construir estabelecimentos, na terra dos judeus, que representavam sua religião pagã.

Após muito sofrimento e muita luta, o povo de Israel, mesmo enfrentando os povos que tentaram impedi-lo de retornar a sua terra (ressalto aqui a participação da Grã-Bretanha , Inglaterra, neste vergonhoso empenho), conseguiram, aos poucos, retornar e reconstruir sua terra.

Em 1948, enfim, os judeus vêem com seus próprios olhos a profecia do retorno e restauração em sua terra, se cumprir pelo poder do Eterno!

Assim, a terra recebe o nome de: Estado de Israel e sua capital - Yerushalayim!

Podemos observar no mapa-múndi e ver lá o país de Israel, mas não há em nenhum lugar um país chamado "Palestina". Simplesmente porque tal país não existe! Então por que certas pessoas insistem em denominar assim o Estado de Israel em "alguns" mapas isolados, bem como na maioria da Bíblias e algumas outras literaturas?! Há nisto uma atitude antissemita? ou é uma atitude desatenta com relação a este fato?

Acredito que muitas pessoas têm essa atitude movidas por um sentimento realmente antissemita (sabendo que este é um sentimento plantado pelo adversário de nossas almas), mas por outro lado entendo também que há pessoas que agem assim por não conhecerem a veracidade das história e, inocentemente, agem ignorando o verdadeiro nome da terra dos judeus, sem contudo, serem antissemitas.

Sendo assim, cabe trazer a história de Israel ao conhecimento de todos e à memória de muitos, pontuando esta questão para que cada um reflita e tenha a oportunidade de se posicionar conscientemente. Os antissemitas, talvez, continuem insistindo na mentira, porém as pessoas que ignoravam esta questão poderão conhecer e chamar a terra dos judeus pelo seu verdadeiro nome: Estado de Israel!

"Eis que não descuida, nem dorme o Guardião de Israel! O Eterno é a tua guarda." Tehilim 121.4,5a



Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)