segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sionismo e o Estado de Israel

O termo Sionismo deriva da palavra Sion (  ציון  - Tsion, em hebraico) e refere-se a Yerushalayim (Jerusalém) e também a Erets Israel (Terra de Israel).

O Sionismo é um movimento ideológico organizado, objetivando o direito de retorno do povo judeu viver livre em sua própria terra. Este movimento formalizou-se em 1897 durante o Primeiro Congresso Sionista liderado por Teodor Herzl, em Basileia, na Suíça. Porém, muito antes de sua formalização, este movimento já existia na prática, devido a grande opressão sofrida pelos judeus em terras estrangeiras.

O esforço perseverante do povo judeu em livrar-se das perseguições, maus tratos e morte pelos seus opressortes, levou-os à luta pelo retorno à sua antiga terra - Erets Israel. Nesse processo, o povo judeu organizou-se e enfrentou a contínua perseguições, onde quer que estivessem. Seus opressores, nos países onde estavam exilados esforçavam-se para impedir seu retorno. Neste sentido a Grã-Bretanha, teve uma participação duramente vergonhosa diante dos inúmeros apelos do povo judeu em vista dos sofrimentos vividos e buscando refúgio em sua própria terra, porém quando o domínio sobre Erets Israel estava nas mãos dos britânicos, não moveram uma "palha" para ajudar os judeus em seu dessespero pela sobrevivência, pelo contrário, empenhavam-se por bloquear as entradas marítimas em Erets Israel capturando sempre que podia, os navios clandestinos que chegavam, porém os organizadores da imigração clandestina usavam de maravilhosas estratégias para furar o bloqueio e assim, muitos judeus puderam ir aos poucos e a duras penas retornar ao seu antigo "lar". Lar este que viviam desde a época do patriarca Avraham (Abraão) consolidando-se tempos depois com a comitiva de Yehoshua (Josué), o sucessor de Mosheh (Moisés) e que milênios depois ficou em poder dos romanos a partir da  invasão com seu exército liderado pelo general Tito no ano 70. E assim, tendo arrazado a cidade de Yerushalayim e destruído o Beit Hamicdash (Templo Sagrado), os judeus foram expulsos de sua terra. Guerras foram travadas na costa de Erets Israel, documentos falsificados, e muitas outras estratégias bem organizadas eram executadas pelos sionistas para que se conseguisse o objetivo principal, entrar em sua terra e fugir do antissemitismo.

Ainda que o movimento sionista não seja um movimento religioso, vemos com clareza, o D`us de Avraham, Itschac e Yaacov operando milagres e maravilhas em favor de seu povo. Sendo assim, percebemos as profecias das Sagradas Escrituras  pelos profetas de Israel, se cumprindo, principalmente as relacionadas sobre a dispersão, exílio em terras estrangeiras e a restauração de seu povo em sua própria terra.

Muitas dessas profecias já se cumpriram, bem como a que diz respeito a dispersão, o retorno e a restauração, vide a restauração do Estado Judeu. Neste sentido, a cada dia, o Estado de Israel continua recebendo mais e mais judeus em sua terra. Porém, ainda falta uma parte desta profecia se cumprir, a que diz respeito ao retorno do Mashiach e a guerra que precederá este retorno, quando D'us, mais uma vez intervirá em favor de seu povo e então o Mashiach voltará e todo o Israel o reconhecerá!

Eis algumas referências:

 Yesha'yahu (Isaías) 29.3; Yirmeyahu (Jeremias) 6.6; Yechezk`el (Exequiel) 4.2; Z'chariah (Zacarias) 12.3, 7-10; 14.1-11

"Naquele dia, farei de Yerushalayim uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se juntarão todas as nações da terra. (...) O Eterno salvará primeiramente as tendas de Y`hudah, para que a glória da casa de David e a glória dos habitantes de Yerushalayim não sejam exaltadas acima de Y`hudah. Naquele dia, o Eterno protegerá os habitantes de Yerushalayim; e o mais fraco dentre eles, naquele dia será com David, e a casa de David será como D`us, como o Anjo do Eterno diante deles. Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Yerushalayim. E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Yerushalayim derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem transpassaram; prantea-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito"      Z`chariach (Zacarias) 12.3, 7-10


A maior de todas as profecias foi dita pelo próprio Mashiach Yeshua, confirmando as anteriores: Mattityahu (Mateus) 23.37-39; Lucas 19.41-44; 21.6, 20-24

"Virão dias dias em que seus inimigos construirão barricadas contra você, a rodearão e a cercarão de todos os lados. E lança rão por terra, com você e seus filhos dentro dos muros, sem deixar pedra sobre pedra, e tudo porque você não reconheceu a oportunidade que D`us lhe concedeu!"       
Lc 42.c -44

"Yerushalayim, Yerushalayim! Você que matas os profetas, que apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo de suas asas, mas vocês se recusaram! Vejam: D`us está abandonando a casa, deixando-a deserta. Pois eu lhes digo que vocês não me verão mais até que digam: 'Bendito é o que vem em nome de Adonai' ".      Matityahu (Mateus) 23.37-39


Yeshua deixou sinais que ocorreriam quando da proximidade de seu retorno. Estes estão se cumprindo ao longo do tempo, e podemos ver nos dias atuais cada vez mais estes sinais em evidência conforme profetizado.

Os propósitos do Eterno de Israel jamais serão frustados, por isso, D`us move o coração dos homens para executarem o que de antemão, o Ele mesmo já decidiu, neste caso, o estabelecimento do Estado de Israel.

Em 29 de novembro de 1947, a Organização da Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha da terra - Erets Israel, propondo um Estado Judeu e outro Palestino independentes, apesar da partilha não estar de acordo com os anseios da maioria dos sionistas, até porque a parte sagrada de Yerushalayim não estaria em seus domínios, eles aceitaram a decisão, pois estava em jogo a legitimação do Estado Judeu, os árabes por outro, rejeitaram esta partilha, pois não queriam a legitimação do  Estado Judeu. Fato curioso foi o fato  das duas maiores potências da época: Estados Unidos da América e União Soviética, apesar de sua grande rivalidade votaram a favor da partilha.







Eis os países que votaram a favor - 33 votos:

África do Sul, Austrália, Bélgica, Bolívia, Bielo-Rússia, Brasil, Canadá, Tchecoslováquia, Costa Rica, Dinamarca, Equador, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Guatemala, Haiti, Holanda, Islândia, Libéria, Luxemburgo, Nicarágua, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Polönia, República Dominicana, Suécia, Ucrânia, URSS, Uruguai, Venezuela

Eis os países contrários - 13 votos:

Afeganistão, Arábia Saudita, Cuba, Egito, Grécia, Iêmen, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Paquistão, Síiria, Turquia

10 Abstenções:

Argentina, Chile, China, Colômbia, El salvador, Etiópia, Honduras, Iugoslávia,  México, Grã-Bretanha

01 Ausência:

Tailândia. O seu representante  deixou a Assembleia justificando que havia de resolver problemas em seu país.


Este fato determinou um marco na história mundial e os planos de D`us foram, como sempre são, concretizados! Nas ruas, os judeus em todo o mundo dançavam e pulavam alegremente, comemorando esta grande vitória proporcionada pelo D`us de Israel! Após anos e anos de choro e sofrimento, agora se via alegria, cânticos e danças, misturados às lagrimas de alegria que corriam pela face daqueles que nunca perderam a esperança de ser um povo livre em sua pátria!!! Baruch Hshem!

Em 14 de maio de 1948, é proclamado o Estado de Israel, tendo o sionista David Ben Gurion como seu Primeiro Ministro, mas antes que se completassem 24 horas desta procamação, os Estados árabes vizinhos invadem o Israel na tentativa de exterminá-lo e impedir o seu estabelecimento como nação, porém, mais uma vez D`us fica à frente de Seu povo e Israel vence a batalha, como David venceu Golias, pelo poder do Criador, apesar de ser menor em número e em armamento, diante do inimigo bem armado, porém, maior é o que esteve com David e também está com Israel, O D`us de Avraham, Itschac e Yaacov e seu exército celestial invisível estava ali com o exército de Israel guerreando contra seus inimigos na frente da batalha - Adonai Tsevaot! Baruch HaShem! Assim a vitória foi garantida a favor de Israel pelo poder de seu D`us!! Esta Guerra ficou conhecida como a Guerra da independência do Estado de Israel.

Este é o Estado de Israel que, apesar da fúria de seus inimigos, ainda hoje, sobrevive e sempre sobreviverá, pois está protegido sob as mãos do El Shaday!



"Assim diz o Eterno: 'Voltarei para Tsion e habitarei no meio de Yerushalayim; Yerushalayim chamar-se-á a cidade fiel, e o monte de Adonai Tsevaot, monte santo.' "        Z'chariah (Zacarias) 8.3 

"Os resgatados do Eterno voltarão e virão a Tsion com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido."   
Yesha`yahu (Isaías) 35.10


Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Israel ou "Palestina"?

Vemos em muitas Bíblias e também em outras literaturas mapas da terra de Israel com o nome de "Palestina". É curioso como certas pessoas insistem em usar um nome que não é o verdadeiro nome da terra. Mas todo esse empenho será intencional? ou não? Muitos escritores o fazem até mesmo sem refletir sobre a seriedade desse fato. Por isso, vamos refletir um pouco sobre o assunto.

Na época dos Patriarcas, o território onde hoje é o Estado de Israel chamava-se Canaan - Gn 12.1, 5; 16.3; 17.8; 23.8-9, 15-18; 24.62; 28.1, 10; 31.3

Ya' acov (Jacó) vivencia uma experiência com o Eterno e tem sua vida transformada dali por diante - Gn 28.10-17 (D' us se manifesta a ele.); 28.18-22 (Ya' acov faz um voto ao Eterno para Servi-LO); 32.9-12 (Ele ora ao Eterno); 33.18-20 (Compra um pedaço de terra dos filhos de Chamor, pai de Shechem [Siquém]); 35.1-7 (Edifica um altar ao Eterno) ; 35.9-15 (Recebe a confirmação da mudança de seu nome para Israel e ergue um monumento de pedra e adora ao Eterno em Bet El).

A partir de então todos os descendentes de Ya' acov serão identificados como povo de Israel. A fé no Eterno será o elo que unirá este povo.

Percebemos até aqui que os Patriarcas estabeleceram-se na terra que o Eterno lhes prometera - Canaan. Avraham (Abraão) marca o início da posse da terra quando compra o campo de Machpelá - Gn 23.16-18.

Quando Yehoshua (Josué) entra com o povo em Canaan (pois o povo havia se ausentado da terra por causa da fome, e mais tarde foi escravisado em Mitsraim, Egito, para dar continuidade ao
seu estabelecimento na mesma, então cada Tribo de Israel (descendentes dos filhos de Israel) passa a ocupar um pedaço de terra em Canaan - Js 14.1-5. Contudo, a conquista prosseguiu através de guerras que travavam com os povos pagãos que restaram ali.

Yehoshua (Josué) e o povo reúnem-se em Shechem e fazem confirmação de servir ao Eterno - Js 24.-25, 26, 31-32.

David conquista Yerushalayim e a faz capital de seu reino - 2 Sm 5.

Shlomoh (Salomão) constrói o Beit Hamicdash (Templo) em Yerushalayim - 1 Rs 8.1.

Após a morte de Shlomoh (Salomão), o reino é dividido em dois: Israel, ao norte e Y'hudah (Judá), ao sul.

Mais tarde, Israel é levado cativo para Assíria e depois Y'hudah (Judá) para a Babilônia. Contudo, com a queda da Babilônia pelo poder Persa, o reino de Y'hudah começa a ser restaurado em sua terra com a recontrução da cidade de Yerushalayim, mesmo sob domínio Persa, todavia, os judeus tinham certa liberdade, e assim desenvolveram sua vida religiosa no Beit Hamicdash (Templo)

A partir daí, a terra dos judeus passa a ser chamada de Terra de Y'hudah (Terra de Judá), ou   Y'hudah (Judeia) como na época de Yeshua - Ed 1.2-3; Nee 4.5, 17; At 1.8

No ano 70, com a invasão do exército romano sob a liderança do general Tito, os romanos tomam Y' hudah (Judeia) à força, mudando seu nome para "Palestina" e à Yerushalayim chamaram de "Aelia Captolina". Tudo isso foi feito para trazer humilhação para os judeus.

Tendo sido os judeus expulsos de sua terra, se bem que sempre houve um pequeno n° presente na região; no séc. IV a religião romana começa a disseminar suas doutrinas pagãs pelo mundo através dos tempos; além de ter tido a ousadia de construir estabelecimentos, na terra dos judeus, que representavam sua religião pagã.

Após muito sofrimento e muita luta, o povo de Israel, mesmo enfrentando os povos que tentaram impedi-lo de retornar a sua terra (ressalto aqui a participação da Grã-Bretanha , Inglaterra, neste vergonhoso empenho), conseguiram, aos poucos, retornar e reconstruir sua terra.

Em 1948, enfim, os judeus vêem com seus próprios olhos a profecia do retorno e restauração em sua terra, se cumprir pelo poder do Eterno!

Assim, a terra recebe o nome de: Estado de Israel e sua capital - Yerushalayim!

Podemos observar no mapa-múndi e ver lá o país de Israel, mas não há em nenhum lugar um país chamado "Palestina". Simplesmente porque tal país não existe! Então por que certas pessoas insistem em denominar assim o Estado de Israel em "alguns" mapas isolados, bem como na maioria da Bíblias e algumas outras literaturas?! Há nisto uma atitude antissemita? ou é uma atitude desatenta com relação a este fato?

Acredito que muitas pessoas têm essa atitude movidas por um sentimento realmente antissemita (sabendo que este é um sentimento plantado pelo adversário de nossas almas), mas por outro lado entendo também que há pessoas que agem assim por não conhecerem a veracidade das história e, inocentemente, agem ignorando o verdadeiro nome da terra dos judeus, sem contudo, serem antissemitas.

Sendo assim, cabe trazer a história de Israel ao conhecimento de todos e à memória de muitos, pontuando esta questão para que cada um reflita e tenha a oportunidade de se posicionar conscientemente. Os antissemitas, talvez, continuem insistindo na mentira, porém as pessoas que ignoravam esta questão poderão conhecer e chamar a terra dos judeus pelo seu verdadeiro nome: Estado de Israel!

"Eis que não descuida, nem dorme o Guardião de Israel! O Eterno é a tua guarda." Tehilim 121.4,5a



Shalom!

Hadassah Chai (Tatiana Calado)