sábado, 30 de dezembro de 2017

Os astros e a vida na Terra

Os astros, bem como tudo o que existe no universo estão interligados energeticamente, e isso explica muita coisa através da física. O objetivo deste artigo não é aprofundar-se neste assunto, nem responder todas as questões relacionadas, mas apenas tratá-lo de forma breve e superficial com o objetivo de refletir tendo como base estudos realizados por estudiosos de física e exemplos concretos esta relação na vida humana.



A astronomia é a ciência que trata da posição, movimentos, constituição e evolução dos astros. Através da astronomia decobriu-se que a lua exerce influência sobre as marés. Tendo esta informação como base, podemos compreender que a lua também exerce uma certa influência sobre os humanos, já que somos formados de 60% a 65% de água.

O mês é contado a partir das fases da lua. Quando a lua completa todas as suas quatro fases, cumpriu-e um mês. Com base nesta informação pode-se considerar a contagem dos nove meses de gravidez de um humano. De uma maneira geral a grávida completa nove meses com a contagem das quatro fases da lua multiplicada por nove e é por isso que muitas vezes a conta não bate com a conta feita levando em consideração os trinta dias do calendário gregoriano.

Outro exemplo da influência da lua no organismo humano é em relação o ciclo menstrual. A mulher identifica diversas sensações no corpo como cólicas, maior ou menor fluxo sanguíneo, humor alterado dentre outros sintomas, sendo que estes estão relacionados com a fase da lua em que se dá a menstruação.

Estas questões são tratadas por muitas pessoas como questões de mito em que muitos dizem não serem comprovadas cientificamente, mas se levarmos em consideração as informações citadas pela ciência sobre a influência da lua sobre a Terra, podemos deduzir que há muita lógica fazermos a mesma relação para com o corpo humano e demais vida no planeta. Isso consequentemente vai trazendo-nos muitas elucidações.

Entendendo que os astros influenciam de alguma maneira uns aos outros e que tudo está interligado no universo, como dito anteriormente, fica mais fácil de compreender que não é nenhum absurdo deduzir que a posição dos astros no universo no momento do nascimento de um ser humano também exerce influência em sua personalidade. Sendo assim, surge a astrologia que é o estudo ou conhecimento  sobre a influência dos astros no comportamento dos homens, bem como em acontecimentos terrestres. A astrologia de ser creditada para melhor se compreender o comportamento humano, potencializar os pontos positivos na personalidade humana e minimizar os pontos negativos, afim de melhorarmos com pessoa, além de melhor se compreender a vida na Terra. Contudo é importante ressaltar que não devemos nos ocupar do estudo da astrologia para predizer ou estudar o futuro, até porque isto seria uma contradição para os que seguem a Torah, visto que nos é proibido tal prática. O ser humano tem em suas mãos a responsabilidade de criar seu futuro e este pode ser alterado constantemente de acordo com as atitudes tomadas, pois a liberdade de escolha está colocada diante de nós e o futuro é o resultado de cada escolha que fazemos. É mudado a medida que mudamos nossas escolhas e atitudes. Além disso ainda devemos levar em consideração a fé que ao contrário do que muitos pensam, gera concretude, pois o que materializa algo é resultado de um sentimento somado a um pensamento que gera uma ação que por sua vez concretiza todo este processo.



O que pretendo destacar aqui é a desmistificação, em parte, da astrologia como sendo algo meramente mitológico, mas trazer a reflexão da possibilidade da astrologia ser também um estudo que desvenda muitas coisas no campo material da vida na Terra e que pode ser entendida como resultado concreto dessa influência astronômica sobre os corpos celestes e terrestres.

É isso!

Tatiana Calado / Hadassah Chai


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Presença Judaica na História do Brasil



A Historiadora Anita Novinsky é especialista no estudo sobre a presença e contribuição dos judeus na História do Brasil, bem como judeus brasileiros que estão restaurando sua judaicidade ocultada ao longo dos tempos por conta da Inquisição - este é o meu caso!



Shalom,

Tatiana Calado (Hadassah Chai)




terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Eterno está conosco!

Não adianta o esforço de muitos para tentar parar, nem dar outro rumo à restauração daqueles que SÃO JUDEUS, mas andavam perdidos, distanciados de sua fé, por conta das circunstâncias: Inquisição, etc. Gostem ounão, o Criador está restaurando a identidade de muitas pessoas no planeta e, com notoriedade, no Brasil. Mas isto está incomodando um grande grupo conhecido como judeus "oficiais", ou judeus "verdadeiros" (com todo respeito). E ainda mais quando a restauração está acompanhada do entendimento de que o Mashiach profetizada nas Escrituras é Yeshua. Aí é que se observa o empenho em tentar fazer com que a restauração dessas pessoas não seja bem vista, nem reconhecida pelo tal grupo "oficial". Ora, ora... façam-me o favor...! Até parece que precisamos de aceitação do tal grupo! Me poupem!!! O que importa é que o Eterno esteja conosco e ELE mesmo é quem está nos trazendo de volta.

Cada um sabe do que lhe vai na alma, e D-us que conhece todas as coisas. ELE tem confirmado esta convicção de nossa identidade judaica, não por homens, mas pela história de nossas famílias através de gerações e pelo amor à sagrada Torah e a ELE mesmo. Nada nem ninguém pode parar a restauração que o Criador tem feito em nossas vidas. Dos quatro cantos da Terra a restauração está sendo manifesta! Vivamos em paz! O Eterno está conosco! O Eterno é o nosso D-us, único e indivisível, o Eterno é UM!

Shalom!


Tatiana Calado / Hadassah Chai

domingo, 23 de setembro de 2012

Restaurando minhas raízes!


Vou contar um pedacinho da minha história, porém vou destacar alguns fatos que considero importante na história de meus avós e pais.

Meu nome de registro é Tatiana dos Santos Calado, sou filha de Marat do Amaral Calado e de Maria da Penha dos Santos Calado.

Meu avô paterno chamava-se José Ferreira Guimarães, porém por estar sendo constantemente perseguido devido sua militância no Partido Comunista resolveu trocar seu nome para Jaime Calado, sendo que o sobrenome Calado resgatou de seu avô. Isso para mim é importante, pois que manteve-se em nossa árvore genealógica.

Vejamos como tudo aconteceu...

José Ferreira Guimarães, meu avô, trabalhava como barbeiro e era militante comunista. Num dado momento de sua vida aportou em Recife fugindo da ditadura salazarista. Foi preso na ditadura do Estado Novo. Após ser solto, mudou seu nome para Jaime Calado. Casou-se em Recife com Margarida Bezerra do Amaral, que após o casamento tornou-se Margarida do Amaral Calado, minha avó.

Foi perseguido em Pernambuco, fugiu para João Pessoa, na Paraíba, e ingressou na polícia militar como barbeiro. Fugiu para o Ceará e lá trabalhou como repórter no Jornal "O Democrata" do PCB.

Meu avô, Jaime, era conhecido na capital cearense como repórter e orador. Foi morto na campanha presidencial de 1949, quando Getúlio Vargas se elegeu apoiado pelo PCB. Plínio Salgado, candidato à presidência da república pelo PRP iria discursar na praça José de Alencar, centro de Fortaleza. Meu avô, então, tentou impedir o discurso de Plínio, porém o Tenente Bezerra, conhecido como integralista cearense, matou-o com um tiro. (Junto com o Tenente Bezerra havia um investigador do DOPS cearense e um guarda ferroviário.). Nesse tempo, meus avós moravam em Pirambu, bairro operário. Mais tarde, o nome de meu avô virou nome de uma rua no bairro de Fátima no Ceará.

Meu avô, Jaime Calado, (ou José Ferreira Guimarães) se autodenominava ateu, porém minha avó declarava que acreditava em D-us.

Vou destacar agora fatos de minha avó materna e de minha mãe:

Minha avó materna chamava-se Realinda Monteiro dos Santos, casada com Ubaldino Norberto dos Santos. Era filha de um português o qual não a assumiu como filha, assim também fez sua mãe. Sendo assim, foi criada por uma parenta distante de nome, Nicota. Cresceu sem aprender a ler e escrever, porém o que considero interessante em sua história é que alguns costumes foram passados para minha mãe e que hoje sei, através de pesquisas, que são costumes de judeus que sofreram a perseguição durante o tempo da Inquisição, e por isso tiveram que camuflar muitas vezes práticas relacionadas a fé no Criador, sendo passadas de geração a geração. Por isso as gerações posteriores acabavam seguindo certos costumes, sem contudo saber o significado.

Dentre outros, eis alguns costumes que minha mãe herdou em sua criação:

- Varrer a casa da porta para dentro (este costume se explica devido o respeito pela mezuzah, um objetos que contém um pergaminho com um trecho das Escrituras Sagradas, afixada nas portas dos judeus, ainda que não tivessem-na em suas portas por consequência da perseguição inquisitória. Por esse motivo, em respeito a este objeto não passava-se o lixo pela porta.).

- Varrer a casa antes do pôr do sol na sexta-feira da "semana santa" da Páscoa cristã. (Esse costume se explica porque os serviços cotidianos são concluídos antes do  pôr do sol na véspera da Páscoa judaica, assim como também o é na véspera do dia de descanso semanal sagrado judaico - o Shabat que inicia ao pôr do sol da sexta-feira de cada semana.).

- Não entrar com os sapatos em casa ao chegar de algum enterro. Tomar banho, colocar a roupa usada no enterro para lavar e limpar os sapatos com pano molhado, antes de colocá-lo para dentro de casa.(Este costume está relacionado com a noção de purificação, pois o contato com o morto, torna a pessoa ritualmente impura)

Minha mãe sempre foi uma mulher de muita fé em D'us, porém sempre disse não gostar de entrar em Igrejas (este é um comportamento que os historiadores-pesquisadores nesta área dizem ser comum aos judeus da Inquisição e seus descendentes.)

lembro-me de quando era criança e não entendia o significado desses costumes e perguntava a minha mãe o porquê disso tudo, mas ela dizia também não saber. Dizia que aprendeu assim com sua mãe e avó e assim fazia.

Sei que muitas pessoas poderão achar que isso não tem nada a ver, porém de acordo com o meu testemunho, sentia e ainda sinto necessidade de praticar os ensinamentos da Sagrada Escritura, sem contudo saber, na época, que esses ensinamentos têm relação com o povo judeu, sei que temos uma ligação de alma nisto tudo, pois nada é por acaso.

Além disso, os sobrenomes de minha família constam na lista de sobrenomes de judeus que vieram de famílias que sofreram a perseguição Inquisição. Há também uma característica física no povo judeu que quero pontuar: O nariz grande e, na maioria das vezes arcado. Pois, então! Minha avó materna tinha um "enorme nariz" e meu pai Marat tem um nariz grande e pontudo! Esses traços juntamente com todo o contexto da história de minha família, são evidências de nossa identidade judaica.

Aproveito, assim, para dizer como comecei a descobrir minha identidade judaica!

Tudo começou com meu interesse pelas Sagradas Escrituras, especialmente  pelas passagens relacionadas às Festas Instituídas por D'us, pela observação do Shabat (sábado) e outros mandamentos como a alimentação baseada em Levítico 11.

Nesse tempo eu congregava em Igreja Evangélica e me dedicava muito ao estudo das Sagradas Escrituras e à oração. Assim, fui compreendendo claramente o que D'us diz em Sua palavra, principalmente com respeito à obediência aos Seus mandamentos. Daí em diante eu comecei a observar o Shabat (sábado), selecionar meus alimentos conforme as Escrituras e a passar esses ensinamentos para os meus filhos, que nesse tempo eram bem pequenos.

Um dia na sala de um seminário evangélico, o qual eu não cheguei a concluir nem o primeiro ano, ouvi falar sobre uma disciplina que teríamos no segundo ano, a Língua Hebraica. Apesar de eu não ter continuado o seminário, aquela informação ficou gravada em minha mente e eu senti em meu coração um desejo enorme de aprender hebraico, pois ali no seminário tive ciência de que era a língua a qual as Escrituras Sagradas tinham sido escritas, a língua sagrada!

Comecei, então, a orar a D'us para que Ele me desce a condição de aprender hebraico, mesmo sem ter, na época, condições financeiras para isso. O tempo passou e eu nunca desisti da ideia de estudar hebraico. Até que um dia, uma colega minha conversando com outra, disse a respeito de um curso de hebraico gratuito no Centro da Cidade do RJ. Logo me apressei para interar-me sobre o assunto, peguei o endereço e assim comecei a estudar hebraico, com o professor Roberto Alves, em seu curso livre chamado Poço de Jacó. Mesmo sendo um homem muito estudado, com muitos títulos e dando aulas para seminários, e até em mestrado, o professor Roberto Alves, sempre manteve a simplicidade e nunca abriu mão de lecionar gratuitamente o hebraico, grego e cultura judaica.

Ali no curso Poço de Jacó estudei por dois anos, iniciando em 1998. Parei por ter iniciado a faculdade e ter conseguido, enfim, um emprego (já que estava há um bom tempo desempregada.).

Assim, para minha surpresa, naquele tempo, pude perceber que eu vivia, em muitos aspectos, como uma judia, digo em relação a fé, pois pouco a pouco, o próprio D'us foi restaurando, em mim, a minha origem! Aleluiah!!

A primeira sinagoga que entrei ficava em São Gonçalo, onde as pessoas ali, observavam a Torah e criam em Yeshua (Jesus) como Mashiach (Messias), depois conheci uma outra sinagoga, no bairro do Flamengo, mais tarde passei a frequentar uma sinagoga no Humaitá. Nunca interessei-me em frequentar uma sinagoga ortodoxa por se reunirem ali pessoas que não creem, ou pelo menos por não poderem expor, publicamente, que Yeshua é o Mashiach profetizado nas Escrituras Sagradas. Creio que há um só D-us, o Criador, e que a adoração só deve ser dirigida a ELE. Creio que o Mashiach (Messias) profetizado nas Escrituras é Yeshua (Jesus).

Quero aqui registrar que minha querida mãe, antes de partir para a eternidade, passou a crer com fervor no D'us de Israel e no Mashiach Yeshua (Messias Jesus) e pode tomar ciência de minhas pesquisas a respeito de nossa origem judaica.

Com tudo isso acontecendo em minha vida, eu tive o desejo de possuir um nome judaico. Sabendo que não teria lugar onde fazer a cerimônia para tal, fiz eu mesma, em minha casa, em março de 2010, uma oração a D'us escolhendo meu nome: Hadassah ( הדסה ), mais tarde acrescentei o nome Chai ( חי ), ficando assim Hadassah Chai (  הדסה  חי ).

Escolhi, esse nome a princípio por achar bonito esteticamente falando e por conhecer a história da rainha Ester, que na verdade chamava-se Hadassah. Depois então fui pesquisar informações a respeito do meu novo nome. Descobri que Hadassah vem da raíz hadas ( הדס ) que quer dizer murta. Uma planta decorativa usada na Festa de Sucot (Festa dos Tabernáculos). Possui cheiro, mas não possui fruto. Não comestível. Representa, os praticantes. O nome Hadassah significa: A Vitoriosa e a palavra Chai quer dizer Vida, então resolvi acrescentá-la ao meu nome judaico, como dito anteriormente.

Para minha surpresa, mais tarde acabei por descobrir que o dia do meu nascimento, dia 03 de outubro de 1966, no calendário judaico caiu no 5° dia da Festa de Sucot (Festa das Cabanas), e nesta festa há o costume de se enfeitar a cabana com palmeiras e murta. Murta é uma palavra que se origina da raíz hebraica hadas que também é raíz do nome Hadassah.

Esta é apenas uma pequena parte da minha história com relação a minha fé e como restaurei minha identidade judaica. Assim D'us tem feito em minha vida e em minha família. A restauração chegou e tenho fé que irá alcançar outros membros de minha parentela conscientizando-os de nossas raízes a respeito da fé no Eterno de Israel e nossa ancestralidade judaica.

Shalom!

Hadassah Chai        הדסה  חי